Inflação oficial desacelera e fica em 0,13% em maio, diz IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,13% em maio, o que representa uma desaceleração ante a taxa de 0,57% de abril, segundo divulgou nesta sexta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foi o menor resultado para um mês de maio desde 2006 (0,10%). Trata-se também do índice mensal mais baixo do ano até o momento.
Nos 4 primeiros meses do ano, porém, a inflação acumulada é de 2,22%, a maior taxa para o período desde 2016, quando ficou em 4,05%.
Em 12 meses, o índice acumulado recuou para 4,66%, abaixo dos 4,94% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Apesar da desaceleração, a taxa ainda permanece acima da meta central de inflação do governo para 2019, que é de 4,25%.
Alimentos e bebidas freiam inflação
Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, 4 registraram deflação em maio. A principal contribuição para a desaceleração índice geral veio de “Alimentação e bebidas”, cujos preços médios caíram -0,56%, após terem subido 0,63% em abril. Só este grupo respondeu por uma impacto de -0,14 ponto percentual (p.p.) na inflação do mês.
Do lado das altas, as maiores pressões vieram dos grupos “Habitação” (0,98%), com impacto de 0,15 p.p. no índice geral, e “Saúde e cuidados pessoais” (0,59%), com impacto de 0,07 ponto percentual.
Já o item que mais pressionou a inflação no mês foi novamente a gasolina (2,60%), com impacto individual de 0,11 p.p. no IPCA de maio.
Veja a inflação de maio por grupos pesquisados e o impacto de cada um no índice geral:
- Alimentação e Bebidas:-0,56% (-0,14 ponto percentual)
- Habitação: 0,98% (0,15 p.p.)
- Artigos de Residência: -0,10% (0 p.p.)
- Vestuário: 0,34% (0,02)
- Transportes: 0,07% (0,01 p.p.)
- Saúde e Cuidados Pessoais: 0,59% (0,07 p.p.)
- Despesas Pessoais: 0,16% (0,02 p.p.)
- Educação: -0,04% (0 p.p.)
- Comunicação: -0,03% (0 p.p.)
Nos gastos com habitação (0,98%), a alta de maior impacto foi a do item energia elétrica (2,18%).
No grupo dos Transportes, além da alta da gasolina (2,60%), o diesel também subiu (2,16%). Já o preço do etanol caiu (-0,44%). Destaque também para as passagens aéreas (-21,82%), após alta de 5,32% em abril, que representaram o maior impacto de baixa no índice geral do mês (-0,10 p.p.).
Perspectivas e meta de inflação
A meta central de inflação deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância varia de 2,75% a 5,75%. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que está estacionada há mais de um ano na mínima histórica de 6,5%.
Os analistas das instituições financeiras continuam projetando uma inflação abaixo do centro da meta do governo, com uma taxa de 4,03% em 2019, indo a 4% em 2020, segundo a última pesquisa “Focus” do Banco Central.
INPC em maio foi de 0,15%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como referência para os reajustes salariais, ficou em 0,15% em maio, abaixo dos 0,60% de abril. O acumulado do ano está em 2,44% e o dos últimos doze meses foi para 4,78, contra 5,07% nos 12 meses imediatamente anteriores.
Fonte: G1